Certificado

Produção de melão para exportação deve dobrar

Uma portaria publicada nesta semana pela MAPA duplica a área de produção livre da mosca-das-frutas

Uma portaria publicada nesta semana pela Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), praticamente dobrou a área reconhecida como livre da praga Mosca-das-frutas (Anastrepha Grandis). O status é de outros países para exportações de frutas como o melão, por exemplo.

Antes, somente era reconhecida como área livre da praga, os municípios de Mossoró, Tibau, Grossos, Areia Branca, Serra do Mel, Baraúna, Assu, Afonso Bezerra, Alto do Rodrigues, Ipanguaçu, Porto do Mangue e Upanema, que somavam uma área de 8.409 km².

Com o reconhecimento, publicado na portaria da MAPA, a área se expande e passa a incluir as cidades de: Apodi, Governador Dix-Sept Rosado, Felipe Guerra, Caraúbas, Macau, Pendências, Jandaíra e Pedro Avelino, e passa a ter 15.077 km² de área produtiva apta a exportar o produto.

O projeto foi apresentado pelo Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária (IDIARN) a Mapa. De acordo com o órgão estadual, a medida é importante para o setor da agricultura, pois mais municípios ficam aptos a produzir para o mercado de exportação, atendendo às exigências dos países.

O órgão afirma que a mosca Anastrepha Gandis é reconhecida como uma praga quarentenária e muitos países impõem restrições as importações de frutos de melão, melancia, abóbora e pepino. “O projeto é de extrema importância para a economia do Rio Grande do Norte, visando a consolidação do mercado chinês para a exportação do melão potiguar, além de incentivar novos ciclos de geração de emprego no estado”, considerou Mario Manso, diretor do Idiarn.

O Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN é o responsável por garantir as ações de monitoramento dentro da área livre. Essas ações servem para garantir a certificação fitossanitária de origem nas áreas de plantio, assegurando a ausência da praga mosca-das-frutas dentro da área autorizada para exportação. O trabalho também possibilita acordos internacionais de exportação de frutos frescos de melão e melancia, assegurando os mercados conquistados pela fruticultura do Estado.

Em setembro do ano passado, do Rio Grande do Norte saiu a primeira carga de melão brasileiro para a China. No total, foram três toneladas do melão pele de sapo, produzido em Mossoró, um dos municípios da área livre da mosca-das-frutas. O estado é o maior exportador da fruta no país.

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