Por Caio César Muniz
Iniciaremos neste sábado (27/7) uma série de matérias semanais sobre os principais pontos turísticos e culturais de Mossoró, alguns em situação de calamidade, como no caso do Memorial da Resistência, que retrata (ou deveria retratar) o ataque de Lampião a Mossoró em 1927, que visitamos no dia 17 e elegemos como nosso material de abertura.
Encontramos servidores podando as árvores, mas o cenário do Memorial, e não é coisa recente, e como pode ser comprovado nas fotos, é de abandono, principalmente nas peças ilustrativas e informativas ao turista.
Painéis importantes, como o que descreve o passo a passo do ataque, há meses (muitos meses, diga-se de passagem), encontram-se quebrados, pichados e servindo de abrigo a pessoas em situação de rua, que aproveitam o estado de abandono do espaço e fazem do Memorial seu abrigo local para fazerem as suas necessidades, constata-se isso pelo forte cheiro de urina e fezes em alguns corredores.
A lojinha, onde antes era possível encontrar itens relativos ao turismo local, também está fechada há vários meses, senão anos. Em contato com Luciano Salles, diretor do Memorial da Resistência, ele atribui o atual momento do espaço à falta de trabalhos de conservação ao longo dos seus mais de dez anos de existência e informou que neste segundo semestre, deverão ser iniciadas obras de recuperação do espaço.
“Já foram contatadas empresas de fora da cidade para a recuperação dos painéis, pois não há quem faça tal serviço em Mossoró, e já existe uma licitação em andamento para verificar os custos de tudo o que tem que ser feito, acreditamos que até o final de agosto deveremos iniciar os trabalhos”.
Há relatos ainda, por parte da população, da presença de usuários de drogas no período noturno.
Não custa nada anotar no calendário e cobrar a recuperação o quanto antes deste local que já foi e deveria continuar sendo ser cartão-postal da cidade.