relíquia

Itep resgata registro da 1ª identidade feita no RN

O documento data de 1918, e traz a assinatura e as impressões digitais de Joaquim Ferreira Chaves Filho, o primeiro governador do Rio Grande do Norte eleito pelo voto aberto.

Não é de hoje que o Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (Itep-RN) deseja abrir um museu para expor ao público peças e documentos que ajudem a contar a história do órgão e também do povo potiguar. Enquanto o sonho não se torna realidade, a coleção acaba de ganhar uma relíquia de destaque. Trata-se do primeiro registro de um documento de identidade feito no estado.

O documento data de 1918, e traz a assinatura e as impressões digitais de Joaquim Ferreira Chaves Filho, o primeiro governador do Rio Grande do Norte eleito pelo voto aberto.

O documento destaca observações interessantes. Como não havia a inclusão do recurso da foto no registro, há detalhes da descrição física de Joaquim Ferreira Chaves Filho, como cor dos olhos, barba, bigode e até a estatura. É possível ver ainda que o registro do ex-governador foi feito quando ele já tinha 65 anos de idade.

A folha tem a marca do governo do Rio Grande do Norte e aponta, logo no topo, o primeiro registro do então chamado Gabinete de Identificação e Estatística da Repartição Central de Polícia

O Itep passou recentemente por um processo de digitalização de seus documentos, como registros e laudos, o que tem permitido de maneira mais fácil o acesso a peças históricas. O projeto é de que, num futuro próximo, seja criado o ‘Museu do Itep’, algo idealizado em 2016 após a descoberta de um processo criminal contra o cangaceiro Lampião.

A intenção é que a atual sede do Instituto, que fica no bairro da Ribeira, seja transformado no museu assim que o Itep passar a funcionar na nova sede, na avenida Capitão-mor Gouveia. “A gente projetou uma sede nova e, com ela construída, seria interessante fazer desse prédio atual em que estamos, que é histórico, de 1936, o nosso museu”, explicou o diretor-geral do órgão, o perito Marcos Brandão.

Essa mudança só deve acontecer, no entanto, daqui a cerca de três anos, segundo o diretor. Enquanto isso, o Itep trabalha com o planejamento de reunir esses documentos históricos numa sala – que seria em outro prédio no bairro da Ribeira, no qual o Instituto deve instalar alguns setores nos próximos dias. “Por enquanto, a ideia é de fazer algo mais limitado, com acesso menor, numa sala dessa sede. Pelo menos para ter um negócio inicial”, pontuou.

Em 101 anos de atuação, o Itep já emitiu mais de 4 milhões de identidades no Rio Grande do Norte.

G1/RN

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