Empresa é acusada de se recusar a fornecer EPI´s a funcionários
Segundo denúncia feita ao Portal do RN, trabalhadores estariam limpando até mesmo o necrotério sem materiais de proteção
A JMT Service Locação de Mão de Obra, empresa que presta serviços de limpeza ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) em Mossoró, está sendo acusada por se recusar a fornecer Equipamentos de Proteção Individual (EPI) aos seus funcionários que atuam no HRTM.
De acordo com os denunciantes, dos equipamentos de proteção, o único que é cedido pela JMT é a luva. “Só não dão uma máscara por dia, quando o mínimo necessário é 6”, diz um dos trabalhadores, acrescentando que eles estão tendo que arranjar os materiais por conta própria.
Ainda segundo a denúncia chegada ao Portal do RN, até mesmo a limpeza do necrotério é feita pelos funcionários da JM sem qualquer tipo de proteção. “Os maqueiros recebem os pacientes sem ter sequer um capote”, reforçam os denunciantes.
O Portal do RN procurou a direção do hospital. A diretora Herbênia Ferreira informou que grande parte das reclamações vem dos maqueiros e que elas ocorrem porque os trabalhadores não conhecem as normas.
“Quem mais está reclamando disso são os maqueiros. Eles recebem máscaras cirúrgicas e luvas, mas eles querem máscaras N95, só que pelos critérios estabelecidos pela Anvisa, Ministério da Saúde e Sesap, só precisa de N 95 quem vai entubar, aspirar ou colher amostra do paciente. Maqueiro não faz nada disso. Maqueiro só empurra a maca e a cadeira de roda e basta estar com luva ou então lavar as mãos com água e sabão sempre que transportar algum paciente e usar máscara cirúrgica”, explicou.
Herbênia Ferreira afirmou ainda que essas orientações jã foram passadas para os trabalhadores. “Já foi feito reunião e explicado isso milhões de vezes mas eles não aceitam. Não entendem as questões normativas e os critérios estabelecidos pelos órgãos competentes para o uso correto e racional dos EPIs”, frisou.
A JMT também foi contactada pelo Portal do RN. Tiago Silva, representante da empresa em Mossoró, negou as denúncias.