Vamos entender um pouco o que está acontecendo.
A elevação consecutiva dos preço do leite e seus derivativos tem impactado muito o o bolso dos brasileiros, sendo que o leite é dos alimentos mais consumidos no Brasil.
O leite longa vida, um dos mais presentes na mesa dos brasileiros, acumula um aumento de 12,10% nos últimos 12 meses, de acordo com o Índices de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Getúlio Vargas. Apenas nos quatro primeiros meses deste ano, a alta foi de 6,66% um percentual já superior à inflação acumulada do ano.
Os derivativos de leite tiveram os seguintes altas:
Requeijão: 16,37%;
Iogurte natural ou com polpa de frutas: 12,65%;
Queijo prato: 12,17%;
Bebidas lácteas: 9,96%
Queijo muçarela: 9,75%.
Então o que ocasionou essas altas nos preços?
Por que o leite e derivados estão mais caros?
Mudanças climáticas – O fenômeno La Ninã provocou uma seca que atingiu a região Sul do Brasil e aumento de chuvas no Nordeste. Com isso, a qualidade dos grãos diminuiu, afetando a produção leiteira.
A guerra entre Rússia e Ucrânia – Provocou o desabastecimento de insumos importantes para alimentação do animais produtores.
A Rússia é maior produtora e fornecedora de trigo para o mercado internacional. Já a Ucrânia é o quarto maior fornecedor de milho. Com o conflito, esses países não puderam atender o mercado externo, o que fez aumentar a demanda global pelos grãos.
Energia elétrica – A escassez hídrica desde setembro de 2021 provocou aumento das tarifas. Encarecendo os custos de produção. As contas de energia elétrica estavam mais caras devido à escassez hídrica no país.
Aumento do petróleo – A alta no preço do barril impactou diretamente nos custos da produção do leite, já que as embalagens utilizadas nos produtos são derivadas do petróleo. Além disso, o diesel e gasolina, usados no frete, também encarecem o preço ao consumidor final.
