Privatização

Trabalhadores do Porto Ilha temem demissão em massa

Sindicato que representa a categoria relata que processo de privatização vem acontecendo sem transparência

Os trabalhadores concursados do Terminal Salineiro de Areia Branca, mais conhecido como Porto-Ilha, no Rio Grande do Norte, reivindicam transparência do processo de privatização e um posicionamento da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN). O principal questionamento da categoria é sobre manutenção ou não dos empregos. Eles também questionam sobre condições de trabalho e para onde vão após a privatização.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Portuários do estado (SINPORN), São mais de 100 profissionais do setor vivendo essa situação de insegurança. Os trabalhadores haviam deflagrado uma greve para tentar impedir uma possível demissão em massa, porém, na segunda-feira, 22, a Codern conseguiu uma liminar suspendendo a paralisação.

De acordo com o Simporn, os trabalhadores reivindicam também melhores condições de trabalho, melhoria dos equipamentos usados, fim da terceirização ilegal, cumprimento das escalas de trabalho previstas no acordo coletivo. Denunciam também o cerceamento de acesso dos dirigentes sindicais às instalações da Codern. “Tivemos uma reunião com a Codern na segunda-feira, e mais uma vez, eles não apresentaram proposta alguma. Os trabalhadores resolveram retomar a greve, porém, novamente, houve uma decisão judicial nos proibindo. Todos os atuais trabalhadores serão substituídos por empregados do arrendatário e a Codern, até o momento, se recusa a definir o destino dessas pessoas.”, contou o presidente do Sinporn, Pablo Barros.

As mesmas questões foram colocadas em pauta no mês de setembro do ano passado, quando o grupo iniciou greve, considerada ilegal pela desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Maria Auxiliadora Barros de Medeiros Rodrigues, que deferiu mandado de segurança com pedido de liminar. A reclamação anterior incluía também assédio moral, cortes de direitos e de alimentação.

Segundo o sindicato da categoria, os empregados públicos do setor portuário seguem relatando perseguições e abuso de autoridade por parte de engenheiros e gerência. De acordo com um dos trabalhadores, alguns tiveram que ser afastados porque desenvolveram ansiedade e outros transtornos psiquiátricos.

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